Carochinha e João Ratão
Era uma vez uma carochinha que encontrou cinco tostões enquanto varria a cozinha.
Com o dinheiro, foi comprar fitas e laços e, depois de ataviada, foi-se pôr à janela, a ver se havia alguém que queria casar com ela:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um burro e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o burro pôs-se a zurrar (In-on, in-on, in-on…).
- Ai, ai, ai, ai. – disse a carochinha - Já não caso contigo, porque tens uma voz muito forte e acordas os meninos de noite.
O burro foi-se embora muito triste e a carochinha voltou a perguntar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um cão e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o cão pôs-se a ladrar (Ão, ão, ão, ão…).
- Ai, ai, ai, ai. – disse a carochinha - Já não caso contigo, porque tens uma voz muito forte e acordas os meninos de noite.
O cão foi-se embora muito triste e a carochinha voltou a perguntar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um porco e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o porco pôs-se a roncar (Ronc, ronc, ronc, ronc…).
- Ai, ai, ai, ai. – disse a carochinha - Já não caso contigo, porque tens uma voz muito forte e acordas os meninos de noite.
O porco foi-se embora muito triste e a carochinha voltou a perguntar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um rato e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o rato pôs-se a chiar (hin, hin, hin, hin…).
- Tu sim, tens uma voz bonita. Como te chamas?
- Chamo-me João Ratão.
- Muito bem, caso-me contigo.
A carochinha e o João Ratão marcaram a boda. Convidaram muitos amigos e foram à missa. Só que a carochinha deixou um grande caldeirão ao lume a cozer a comida para a festa. O João Ratão, que era muito guloso, arranjou uma desculpa e voltou para casa, dizendo que se tinha esquecido das luvas.
Logo que chegou, o João Ratão foi espreitar o caldeirão, a lamber os beiços. Tentou tirar a comida com a mão direita, mas queimou-se. Tentou com a mão esquerda, mas queimou-se também. Tentou com o pé direito e aconteceu-lhe o mesmo. Quando ia tentar com o pé esquerdo, catrapuz, deu um grande trambolhão e caiu no caldeirão.
Farta de esperar, a carochinha decidiu voltar a casa, à procura do João Ratão. Procurou, procurou, mas não o encontrou. Muito aflita, a carochinha entrou na cozinha, viu o João Ratão caído no caldeirão e pôs-se a chorar:
- Ai o meu rico João Ratão, que morreu frito e cozido no caldeirão! Ai o meu rico João Ratão, que morreu frito e cozido no caldeirão!
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um burro e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o burro pôs-se a zurrar (In-on, in-on, in-on…).
- Ai, ai, ai, ai. – disse a carochinha - Já não caso contigo, porque tens uma voz muito forte e acordas os meninos de noite.
O burro foi-se embora muito triste e a carochinha voltou a perguntar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um cão e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o cão pôs-se a ladrar (Ão, ão, ão, ão…).
- Ai, ai, ai, ai. – disse a carochinha - Já não caso contigo, porque tens uma voz muito forte e acordas os meninos de noite.
O cão foi-se embora muito triste e a carochinha voltou a perguntar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um porco e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o porco pôs-se a roncar (Ronc, ronc, ronc, ronc…).
- Ai, ai, ai, ai. – disse a carochinha - Já não caso contigo, porque tens uma voz muito forte e acordas os meninos de noite.
O porco foi-se embora muito triste e a carochinha voltou a perguntar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é bonita e formosinha?
Passou um rato e respondeu:
- Quero eu, quero eu, quero eu!
- Está bem, mas primeiro quero ouvir a tua voz.
E o rato pôs-se a chiar (hin, hin, hin, hin…).
- Tu sim, tens uma voz bonita. Como te chamas?
- Chamo-me João Ratão.
- Muito bem, caso-me contigo.
A carochinha e o João Ratão marcaram a boda. Convidaram muitos amigos e foram à missa. Só que a carochinha deixou um grande caldeirão ao lume a cozer a comida para a festa. O João Ratão, que era muito guloso, arranjou uma desculpa e voltou para casa, dizendo que se tinha esquecido das luvas.
Logo que chegou, o João Ratão foi espreitar o caldeirão, a lamber os beiços. Tentou tirar a comida com a mão direita, mas queimou-se. Tentou com a mão esquerda, mas queimou-se também. Tentou com o pé direito e aconteceu-lhe o mesmo. Quando ia tentar com o pé esquerdo, catrapuz, deu um grande trambolhão e caiu no caldeirão.
Farta de esperar, a carochinha decidiu voltar a casa, à procura do João Ratão. Procurou, procurou, mas não o encontrou. Muito aflita, a carochinha entrou na cozinha, viu o João Ratão caído no caldeirão e pôs-se a chorar:
- Ai o meu rico João Ratão, que morreu frito e cozido no caldeirão! Ai o meu rico João Ratão, que morreu frito e cozido no caldeirão!
História do Menino Jesus
Era uma vez uma rapariga chamada Maria que morava na cidade de Nazaré, ela gostava muito de ajudar todas as pessoas. A A sua maior qualidade era ser humilde de coração. Foi por isso que Deus a escolheu para ser a mãe de seu filho Jesus. Então Deus enviou um anjo até a casa de Maria, e o anjo disse: - Maria, não tenhas medo! O Senhor é contigo! Trago boas novas. Deus está feliz contigo, porque tens sido uma boa rapariga, então foste a escolhida para dar á luz o seu filho e darás o nome de Jesus.
Maria ficou muito feliz e agradeceu a Deus.
- Obrigada, Senhor! Porque me escolheste-te para ser a mãe do teu filho muito amado.
Passaram-se nove meses e a barriga de Maria já estava muito crescida e ela teve que viajar com seu esposo, José para Belém, para se recensearem. Quando chegaram a Belém a cidade estava cheia de gente, muitas pessoas de todas as partes estavam ali para o recenseamento e também era dia de natal, por isso José não encontrou nenhuma vaga nas estalagens da cidade, todas estavam super lotados.
José falou com um dos donos de uma estalagem.
Amigo, a minha esposa está prestes a dar a luz será que não tem um lugarzinho onde possamos ao menos passar esta noite?
- Só temos o estábulo, onde ficam os animaizinhos se você quiser podem passar lá a noite.
E lá se foram José e Maria para o estábulo. Era um lugar simples e humilde e ali mesmo Maria deu a luz o menino Jesus, e envolveu-o num lençol e deitou-o numa manjedoura cheia de palha fofinha.
No campo, estavam os pastores, cuidando das suas ovelhas, quando um anjo lhes apareceu e deu-lhes a notícia do nascimento do menino Jesus.
- Jesus, nasceu lá em Belém num estábulo sigam a estrela e vocês o encontrarão.
De repente apareceram muitos anjos cantando:
- Glória a Deus nas alturas e paz na Terra entre os homens de boa vontade.
Os pastores imediatamente foram a Belém ao encontro de Jesus e ficaram felizes ao vê-lo. Também os três Reis Magos que Viviam no oriente avistaram a estrela, e seguiram-na até junto de Jesus, Maria e José.
Os Reis Magos levaram consigo para presentear o Menino Jesus ouro, incenso e mira. Regressando depois a suas casas.
Os Três Porquinhos
Era uma vez três porquinhos que viviam com a sua mãe. Um dia ela disse-lhes:
- Queridos filhos, penso que já são grandinhos para viverem sózinhos e poderem trabalhar . Têm braços fortes e não lhes falta inteligência para pensar o que é melhor para cada um. Primeiro têm de construír as vossas próprias casas, perto uns dos outros e contarem com todos os perigos que possam surgir.
Os porquinhos puseram-se a caminho. De todos os três, o pequeno era o mais trabalhador, o do meio era trapalhão e o maior era preguiçoso. Como o mais velho era preguiçoso fez a casa de palha para ser feita mais depressa. O do meio fez a casa de madeira pois também não gostava muito de trabalhar. Mas, o mais novo, o mais trabalhador, fez a sua com cimento e tijolos.
Um dia, apareceu o lobo que com um sopro derrubou a casa do mais velho e, com outro sopro derrubou a casa do porquinho do meio. Os dois porquinhos muito amedrontados correram para casa do irmão mais novo com o lobo correndo atrás deles para os comer. O porquinho pequeno abriu-lhes a porta rapidamente e os irmãos entraram muito admirados por verem uma casa tão forte e tão bonita. O lobo pensava que a derrubava, soprava e dizia:
- Soprarei, soprarei e a casa derrubarei.
Mas, a casa era forte e ele não a conseguiu derrubar. Então, o lobo muito envergonhado fugiu e não voltou mais. Os porquinhos ficaram tão felizes que fizeram uma grande festa.
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